“Dois reinos” tupiniquim, ou: a lógica das eleições em Antônio Carlos Costa

As eleições de 2018 terão servido para demonstrar idolatria e paixões desordenadas em muitos cristãos, sejam favoráveis ou contrários ao líder nas pesquisas, o candidato Jair Bolsonaro.

Em alguns casos, a paixão contrária fez pessoas manifestarem mais abertamente o que pensam, e indicarem formulações teológicas do seu pensamento.

Um desses curiosos casos foi o do Rev. Antônio Carlos Costa. Costa é pastor no Rio de Janeiro, e seu site apenas o descreve como “fundador da ONG Rio de Paz, teólogo e jornalista”. Ele tem criticado intensamente os cristãos que apóiam Bolsonaro utilizando, especialmente, a sua conta no twitter.

Deve-se destacar que ele também afirma que a solução não está no marxismo. Proporcionalmente, no entanto, é incomparável a quantidade de publicações criticando os cristãos que votam no candidato do PSL.

Costa reuniu uma sequência de tweets e publicou no facebook, organizando um argumento. O conteúdo é esse:

AGENDA MORALISTA DA IGREJA EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO
1. Nunca vi nada mais ineficiente, sem fundamento teológico e bizarro do que a pauta moralista da igreja, nesse ano de eleição.
Qual legislação, presidente da República, passeata, é capaz de mudar a orientação sexual de uma pessoa, fazer com que não se embriague com a cachaça que é vendida na esquina, modificar seu desejo de montar uma família poliafetiva etc.?
Esperamos que candidato opere a ressureição dentre os mortos?
2. Disse Jesus, “ide por todo o mundo e pregai contra a pornografia, a infidelidade conjugal, o uso de bebida alcoólica”. Foi assim que ele falou?
O cristianismo é cético quanto à possibilidade de não cristãos se comportarem como cristãos. Uma coisa é você ir às ruas para fazer o Estado cumprir o que lhe cabe fazer, outra, é legislar sobre moral privada.
O chamado é para pregar o evangelho.
3. O que me impressiona é ver evangélicos que não dão conta de uma leve ofensa ou discordância de pensamento nas redes sociais, que -recusam-se a não abortar o embrião do respeito ao próximo-, exigirem de não cristãos altíssimo compromisso com a ética cristã.
4. O cristianismo condena toda e qualquer tentativa de fazer seres humanos viverem o cristianismo sem que esses tenham nascido de novo.
5. Tenho meus pontos de vista morais. Quem ouviu minhas pregações nos congressos nos quais falei nas últimas semanas pode ouvir o que penso sobre aborto, ideologia de gênero etc.
Contudo, meu calvinismo me impede de crer numa sociedade cristianizada sem cristãos. Pode chamá-la de tudo, menos de cristã. Cristãos fazem o que fazem para a glória de Deus. Sem isso, é impossível agradar a Deus. Se a fé e o amor não forem os vínculos da boa obra, ela é má.
6. Podemos olhar para história de países com seus presidentes que se diziam cristãos. Olhe, por exemplo, para o norte do continente americano. Richard Nixon, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George Bush. Todos se diziam cristãos.
Isso mudou o rumo da conduta moral dessas nações? Nada!
Pense na história do cristianismo no século IV, com o imperador romano Constantino e toda a sua ideia de transformar o cristianismo numa espécie de religião oficial do Império Romano. Caos moral.
Na nossa geração, essa batalha foi perdida no púlpito, nas universidades, na produção cultural.
O Brasil precisa de avivamento. Junto-me aos pentecostais, a igreja precisa ser batizada com o Espírito Santo.
7. Pregar apenas a lei mata e faz o espírito humano desejar o que ela proíbe. Rm 6–7.
Ponha Moisés no púlpito no lugar de Cristo e você verá as mais diferentes taras se manifestarem na vida dos membros da igreja.
Julgo que essa raiva evangélica nas redes sociais tem fundo sexual.
8. No meu novo livro (Azorrague), trato mais extensamente sobre esses temas.
Por favor, não falei tudo o que poderia falar sobre a relação do crente com a cultura.
Leio Kuyper, Schaeffer, Stott etc. desde a década de 80. Conheço a história da minha fé, o calvinismo, e o quanto ela pode tornar o mundo melhor, desde que os que desejam exercer alguma influência cultural não sejam mal educados, medíocres e tão somente capazes de usar linguagem maçante, pretensiosa, rasa, raivosa, com não cristãos.
9. Você quer influenciar a cultura? Defenda suas ideias com fervor, mas não trate a ninguém com estupidez nas redes sociais.
10. Conversava outro dia com um alto executivo cristão. Viaja o mundo.
Falou-me do que rola nos grandes hotéis. No lobby, o book das prostitutas, que servem aos que passam longos períodos longe da família.
Marxismo cultural? Creio que não. Cultura neoliberal. Ela existe.
Antonio Carlos Costa
Ps. Mensagens extraídas do meu Twitter.

Para ler o conteúdo em seu ambiente original, clique aqui.

Devemos reconhecer que tweets não são o melhor modo de conhecer a fundo o pensamento de alguém. 140 caracteres limitam, em muito, a capacidade de expressão e as nuances que configuram a maneira humana de pensar. A organização dos tweets acima não representa tudo o que o pastor pensa, e ele mesmo tem recomendado a leitura de seu último livro publicado, para se entender melhor o que ele pretende dizer.

Ao mesmo tempo, se um tweet não é exaustivo, ele certamente é uma descrição resumida do que alguém pensa. Cada publicação possui um conteúdo que pode (e deve) ser avaliado se pretendemos entender o que está sendo dito. Quem escreve um post de 140 caracteres decide publicar algo do seu pensamento e, mesmo que se expresse mal, está expressando algo. A Bíblia nos ensina que somos responsáveis e seremos responsabilizados por aquilo que falamos (Mt.12.37).

É por isso que, reconhecendo a dificuldade de qualquer crítica mais profunda sobre tweets, passo a observar os comentários de Costa, identificando um problema fundamental em seu pensamento, a saber: a formulação de uma espécie de teologia dos dois reinos brasileira que, não apenas leva à apatia da igreja, como mina as próprias bases da ação de Costa na ONG Rio de Paz.

Pontos de convergência

Antes de qualquer crítica, é necessário identificar os pontos de convergência entre nós. O objetivo não é bater em um espantalho, demonizar o Rev. Costa, nem descartar tudo o que ele tem dito, mas levar a sério as suas palavras.

Somos irmãos em Cristo. Esse é o ponto de convergência transcendental. Pela obra do Espírito Santo, somos um povo, ainda que haja divergências de estilo e pensamento nesse povo. Reconhecendo-o como irmão, devo tratá-lo como tal.

Entendemos que há uma demanda para com os vulneráveis na sociedade. As leis do Antigo Testamento ressaltavam isso; os profetas do AT denunciavam a injustiça e exploração; o modelo da igreja em Atos manifesta o cuidado aos órfãos e viúvas; o envio de Paulo como apóstolo aos gentios envolveu a recomendação para “se lembrar dos pobres” (Gl.2.10). Costa age nesse aspecto por meio da ONG “Rio de Paz”.

Tratando mais especificamente do conteúdo publicado por ele nesses últimos dias, concordo que o moralismo não é suficiente para a transformação de uma nação; que a igreja deve pregar o evangelho; que a lei não converte as pessoas a Cristo; que não devemos ser desnecessariamente agressivos na defesa de nosso ponto ou no ataque aos pontos de quem discordamos; que existe um problema na sociedade de consumo (que ele chama de capitalismo neoliberal).

Em outras palavras, em praticamente todos os materiais publicados, eu teria algo a dizer “amém”. Expressando nossa lealdade última a Deus, não devemos temer denunciar o pecado, na esquerda ou na direita, no grupo oposto ou no nosso círculo.

O problema, no entanto, não está nesses pontos específicos, mas no enquadramento que Costa utiliza para apresentá-los. Classifico os erros em três problemas fundamentais:

O problema das expectativas

Em tweets como: “Qual legislação, presidente da República, passeata, é capaz de mudar a orientação sexual de uma pessoa, fazer com que não se embriague com a cachaça que é vendida na esquina, modificar seu desejo de montar uma família poliafetiva etc.?”, Costa demonstra o seu argumento. O seu ponto é que o moralismo e a lei não podem produzir transformações últimas. A lógica implícita é que não se pode esperar demais da lei. E daí decorre que os cristãos que abraçam uma proposta bolsonarista estão em erro.

O problema fundamental nesse raciocínio está no enquadramento “tudo ou nada”. Você já deve ter visto as expressões desse raciocínio por aí: “cadeia não resolve o problema da criminalidade”; “a lava-jato não vai resolver o problema da corrupção no Brasil”, etc. Segundo essa perspectiva, dever-se-ia buscar a “bala de prata” que resolveria definitivamente um determinado problema. Qualquer solução intermediária, que não consiga dar conta em nível total da questão, deve ser criticada e descartada.

Por um lado, a crítica pode até parecer (e ser) bem intencionada: deseja-se a solução completa do problema. No entanto, há graves problemas nessa maneira de pensar: (1) ela se alimenta da abstração em vez da concretude; (2) ela assume uma postura mais negativa, de reação e crítica do que de ação concreta; (3) ela é perfeccionista, e vive de esperar soluções perfeitas em um mundo caído (imperfeito); (4) ela leva à inércia, pois a resolução perfeita dos problemas não acontecerá desse lado da eternidade.

De modo específico, a crítica de Costa ao moralismo e à ideia de uma pauta moral direcionando a sociedade confunde as esferas. Na prática, ele cai no mesmo erro que critica. A sua crítica é que os cristãos deveriam pregar o evangelho, e não esperar que o moralismo promova transformações sociais. Mas, ao criticar um programa político que tem uma agenda moral, Costa afirma que isso não funciona: ele avalia um programa político pelos critérios do evangelho. É lógico que nenhum programa político converterá corações, mas Costa parece cobrar isso de Bolsonaro. É tudo ou nada.

Contra essa ideia, devemos ter em mente que há esferas distintas, com soberanias próprias. Cumpre à igreja a mensagem da transformação de corações, e cumpre ao Estado a ordem social. Para a ordem social, alguma agenda moral é necessária, quer gostemos ou não. A ordem moral não promoverá transformações últimas, ela apenas restringirá o mal, como expressão da graça comum de Deus.

O problema da dicotomia

Um segundo problema a ser identificado nas publicações de Costa, está na percepção dualista da realidade. Observemos os dois primeiros pontos de seu argumento:

1. Nunca vi nada mais ineficiente, sem fundamento teológico e bizarro do que a pauta moralista da igreja, nesse ano de eleição.
Qual legislação, presidente da República, passeata, é capaz de mudar a orientação sexual de uma pessoa, fazer com que não se embriague com a cachaça que é vendida na esquina, modificar seu desejo de montar uma família poliafetiva etc.?
Esperamos que candidato opere a ressureição dentre os mortos?

2. Disse Jesus, “ide por todo o mundo e pregai contra a pornografia, a infidelidade conjugal, o uso de bebida alcoólica”. Foi assim que ele falou?
O cristianismo é cético quanto à possibilidade de não cristãos se comportarem como cristãos. Uma coisa é você ir às ruas para fazer o Estado cumprir o que lhe cabe fazer, outra, é legislar sobre moral privada.
O chamado é para pregar o evangelho.

Novamente, devemos dizer “amém” a alguns aspectos apresentados. É verdade que nenhuma legislação política opera a ressurreição dos mortos. É também verdade que a igreja é chamada para pregar o evangelho.

No entanto, Costa parece colocar ação política e evangelização em oposição. Já que a legislação não pode ressuscitar os mortos, a igreja não deveria se preocupar com isso, e sim com a pregação do evangelho.

Aqui, novamente, temos a lógica do “tudo ou nada”, descrita no ponto anterior. Mas há algo além. Ao fazer tal caracterização, Costa parece propor algum tipo de “teologia dos dois reinos brasileira”.

A teologia dos dois reinos, é descrita da seguinte forma por por Brian Mattson:

O dogma central é que, embora Deus domine e governe sobre a totalidade do mundo, ele o faz de dois modos distintos. Seu domínio é dividido em dois reinos distintos, cada um com sua própria origem, suas próprias normas e seus próprios destinos. Um desses reinos tem origem na criação (o que é recapitulado na aliança com Noé) e é governado pela providência geral de Deus; suas normas provêm da lei natural ou da revelação geral, e seu destino é estritamente temporal — isto é, destinado à destruição. Este reino é chamado “comum” ou “civil”. […]

O outro reino, em contrapartida, tem sua origem na nova criação inaugurada por Cristo e é governado pela graça especial de Deus no evangelho; suas normas provêm da revelação especial de Deus na Bíblia, e seu destino é eterno. Este reino é chamado reino “especial” ou “redentivo”. (Mattson, Amnésia Cultural, p.20–1)

Concluindo essa descrição, curiosamente, Mattson dá o seguinte exemplo: “Por conseguinte, a ceia do Senhor pertence ao reino “redentivo”, e o voto, por sua vez, ao reino “comum”. (p.21)

Para entender os problemas da teologia dos dois reinos seria necessário mais tempo e espaço do que essa breve interação crítica. Recomendo a crítica de Brian Mattson no pequeno e poderoso livro “Amnésia cultural”, publicado pela Monergismo.

Apenas um aspecto merece ser destacado, a saber: o dualismo ontológico subjacente à teologia dos dois reinos. Ao descrever um reino comum e um reino especial, o proponente dos dois reinos traçará, inevitavelmente uma separação entre ambos, estabelecendo a prioridade de um sobre o outro e, eis o problema, a incomunicabilidade de um reino com o outro. O reino especial é considerado, em sua natureza (ontologicamente), como nada tendo a ver com o reino comum. Essa é a mesma distinção entre natureza e graça, ou entre sagrado e secular, descrita por Bavinck e, mais popularmente, por Francis Schaeffer.

Eu entendo que Costa está, se não afirmando isso explicitamente, pelo menos caminhando nessa direção. Ao colocar pregação do evangelho e voto em oposição, ele estabelece um dualismo ontológico e tende a supervalorizar o primeiro e a desconsiderar o segundo.

Aqui é importante uma ressalva: não estou afirmando que Costa seja contrário ao voto, ou que tenha afirmado ser o voto irrelevante. Acredito que, perguntado sobre isso, ele ressaltaria a importância de um voto sábio — parte de sua crítica tem a ver com isso. Mas, independente do que ele afirme quanto à validade do voto, a sua argumentação apresenta um dualismo problemático.

O dualismo é problemático por duas razões fundamentais:

1 A mais importante de todas, é que ele não tem amparo bíblico.

A ênfase bíblica no mandato cultural (Gn.1 e 2), a denúncia da injustiça sobre reis de dentro e de fora do povo de Deus (cf. os textos dos profetas); a descrição dos cristãos como sal e luz do mundo (Mt.5); as implicações do evangelho para as áreas do suposto reino “comum” (casamento, criação de filhos, relação entre patrões e empregados, cf. Ef. 4–6) e o chamado a apresentar as virtudes cristãs na esfera pública (Cf. 1Pe.2.12), demonstram que todas as áreas da vida estão submetidas ao senhorio de Jesus, e que o cristão não opera sob a lógica da redenção apenas nas questões exclusivas da igreja.

É verdade, repita-se, que nenhum desses texto providencia base para os cristãos tentarem converter pessoas a sua fé por meio de coerção legal. Mas o chamado para influenciar a sociedade nos mais diversos campos — fazei tudo para a glória de Deus (1Co.10.31) — é suficientemente claro.

2 O dualismo mina as bases do próprio trabalho de Costa na ONG Rio de Paz.

Por meio de sua ONG, Costa tem sido uma voz ativa na cultura contra a injustiça. Enquanto muitos cristãos apenas reclamam nas redes sociais, ou não fazem nada, ele “arregaçou as mangas” e decidiu agir de maneiras bastante concretas, obtendo reconhecimento público por isso.

Em suas frentes de atuação, a Rio de Paz tem uma denominada “pressão política e conscientização”, descrita como: “Realizamos, periodicamente, protestos e manifestações, divulgamos fotos, promovemos lobby dos direitos humanos junto aos poderes estabelecidos, produzimos documentários e elaboramos abaixo-assinados.”

Diante do raciocínio de Costa, da crítica de Mattson, e da reuniões desses pontos, é inevitável perguntar: Sob qual padrão moral Costa faz reivindicações públicas? Não seriam os padrões de justiça bíblica? O que Costa espera ao fazer lobby junto aos poderes estabelecidos? Que mortos demonstrem virtudes cristãs?

Se a lei não funciona para promover transformação moral, documentários e abaixo-assinados conseguiriam o objetivo? Desse modo, rigorosamente falando, Costa impõe sobre os eleitores de Bolsonaro um peso que ele mesmo não se compromete a carregar.

Sou grato a Deus pela ação social desenvolvida por Costa. Sou mais grato por ele agir de modo incoerente com as premissas que tem demonstrado.

O problema da realidade

Finalmente, existe o problema da realidade. No 6 ponto, Costa afirma:

6. Podemos olhar para história de países com seus presidentes que se diziam cristãos. Olhe, por exemplo, para o norte do continente americano. Richard Nixon, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George Bush. Todos se diziam cristãos.

Isso mudou o rumo da conduta moral dessas nações? Nada!

Pense na história do cristianismo no século IV, com o imperador romano Constantino e toda a sua ideia de transformar o cristianismo numa espécie de religião oficial do Império Romano. Caos moral.

Na nossa geração, essa batalha foi perdida no púlpito, nas universidades, na produção cultural.

O Brasil precisa de avivamento. Junto-me aos pentecostais, a igreja precisa ser batizada com o Espírito Santo.

Costa parece tratar a realidade de um modo bastante seletivo para provar o seu ponto. Por um lado, é possível questionar os próprios exemplos dele: atuações como a de Reagan tiveram algum peso social, como o refreamento da agenda abortista. Novamente, Costa opera sob a lógica do “tudo ou nada”: ou o presidente muda todos os rumos da nação, ou ele não fez diferença nenhuma. Não precisa ser assim. Sob esse critério, ninguém agiria na realidade, pois nossas ações sempre produzem impactos limitados: essa é a condição humana sob a Queda.

Alguém não foi pai porque o seu filho não tornou um homem completamente livre de vícios? Alguém não foi professor porque seus alunos não captaram 100% da matéria? A lógica de Costa é paralisante.

Além disso, Costa deixa de notar que foi a moral pública cristã que definiu o Ocidente e permitiu o seu desenvolvimento como nenhum outro grupo. Foram as sociedades influenciadas pelos valores cristãos, independentemente da conversão de indivíduos, que permitiram a abolição da escravidão, a valorização das mulheres, o cuidado com os pobres, o desenvolvimento de uma ética transformada do trabalho, dentre tantos benefícios dos quais o próprio Costa desfruta.

Na realidade as pessoas não costumam agir de cima para baixo, mas de baixo para cima. Não significa exclusividade de um ou outro modo de ação: eles devem andar juntos. A igreja deve pregar o evangelho, e lutar para que haja uma moral pública ordenando a sociedade, pelo bem da sociedade e daqueles que não crêem em Jesus.